O Misticismo Zen, o Orixá Exu, O Vazio e a Integração

Por: Ryath (Inspirado por Marcelinho)

O Zen Budismo que é uma religião mística, ou seja, que busca a expansão da consciência a nível de se sentir integrada a tudo o que existe, que é a percepção da realidade segundo essa vertente da religião de Buda, podemos encontrar alguns esclarecimentos na Umbanda, com o Orixá Exu, que é a divindade do vazio, da virtualização.
Na experiências místicas do Zen, as pessoas vivenciam uma realidade que é se sentirem e perceberem que fazem parte de tudo, e que tudo faz parte delas, em contrapartida o que nossos dons e percepções mostram sobre o mundo constantemente.

 


Chamam essa experiência ou percepção de vazio, vacuidade ou Shunya, a mesmo passo que é a qualidade de Exu, que, segundo a Umbanda é o próprio vazio existente.
Segundo o reverendo Genshô, o vazio do Zen, é o vazio de si mesmo.
Quando Deus criou o vazio, segundo a Umbanda, que foi a primeira coisa que ele fez, que foi com feito na qualidade do Orixá Exu, que é uma qualidade de Deus, assim como muitas outras, regidas por outros Orixás.
Quando Deus criou o Guardião do Vazio Absoluto, que é uma deidade também, quando ela penetrou no vazio, se esvaziou de tudo o que existe, pois era isso que acontecia com quem entrasse no vazio.
Então Deus fez refletir tudo o que existe dentro do vazio, então o Guardião do Vazio logo se sentiu pleno novamente.
Então todo o vazio que existe, reflete tudo o que existe, dentro e fora dele.
O vazio que existe é infinito, e abriga tudo o que existe, que também é infinito.

 


Sendo assim, quando Deus começou a criar tudo o que existe, que saiu de dentro dele, pois tudo existia dentro do Nosso Divino Criador de forma indissociável, inclusive a nós mesmos, tudo é revestido por uma esfera vazia, que é o que nos dá o dom da individualidade, de existirmos como partes dissociadas do todo existente.
Para o Zen Budismo o vazio é o todo, e o todo é o vazio.
E os místicos do Zen buscam a integração com tudo, que para eles é a realidade, que existe um todo existente, e a mente que capta a coletividade é uma mente iluminada.
Alguns Zen budistas acreditam que a individualidade é uma ilusão, mas isso nunca foi dito por nenhuma religião, acredito, pois não existe a dissolução do ser no todo, ele ganha uma mente expandida, que pode ir além de si mesmo, mas também não perde a individualidade, pois a evolução espiritual percorre junto com a criação, que é infinita.
Então vamos evoluir espiritualmente, internamente, sempre nos transformando a nós mesmos.
Correntes do Misticismo e Esoterismo Ocidentais, assim como a Umbanda, que é tanto mística, quanto esotérica, nos ensinam que a individualidade é eterna, assim como a coletividade.

 


O que acontece é que na evolução espiritual, vamos expandindo a nossa consciência, mas ela não se dissolve no todo, como acredita o reverendo Genshô.
Vejo as explicações do reverendo, e o Budismo é interpretativo, assim como existem diferenças do que ele fala com o que a Monja Coen fala, e a dissolução no todo pode ser uma interpretação particular dele.
Porém o vazio e a plenitude estão juntos, pois o vazio reflete tudo o que existe.
Então aquela brincadeira que o vazio é o absoluto, e o absoluto é vazio, encontramos em explicações sobre a realidade na Umbanda, na origem de todas as coisas, na permanência delas com o Orixá Exu e com o reflexo de tudo o que existe.
O vazio permeia tudo, inclusive a Própria Divindade Criadora de Tudo, e nós buscamos a plenitude, e a conseguimos em níveis de evolução espiritual muito grande, mas não buscamos nos sentirmos vazios, mas sim plenos.
Marcelinho, o seu Erezinho Amiguinho

 

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